Brasília, 20 de junho de 2011.
REUNIÃO COM O MEC
A reunião foi gravada (áudio e vídeo) e em breve será transmitida à base, para que tire suas próprias conclusões. Resumidamente, pode ser assim descrita, segundo os participantes da reunião:
1) O ministro discorreu, inicialmente, sobre a deflagração da greve da FASUBRA, afirmando que não entendeu porque a FASUBRA não reconheceu o ofício assinado pelos secretários do planejamento e educação. Falou que as assinaturas tinham legitimidade e que desapontou-se por não terem confiado em sua palavra.
2) Reabriu o canal de diálogo com a FASUBRA e afirmou que agirá como MEDIADOR junto ao MPOG, e que lá é que será feita a negociação, pois ele não é NEGOCIADOR.
3) Disse que está convicto que os servidores terão algum ganho, ainda para 2012, mas que não pode precisar em que nível as reivindicações serão atendidas.
4) Afirmou que agora é um momento de férias e recesso nas universidades, que seria propício utilizar este período para negociar, dando a entender que esse “negociar” transcorra sem greve. Disse que intercederá junto ao MPOG para que se crie uma agenda de negociação, e espera que este seja um fator objetivo que seja considerado para a interrupção da greve.
AVALIAÇÃO DA REUNIÃO PELO COMANDO NACIONAL DE GREVE
Por parte dos dirigentes da FASUBRA (Rolando, Léia e Paulo Henrique), a avaliação é positiva, do ponto de vista de que o ministro recebeu o movimento em greve e se propôs a encaminhar um cronograma para as negociações. O Rolando falou, entretanto, que não concordou com o condicionamento da elaboração desse documento à interrupção da greve, como sugerido pelo ministro. Viu como positiva a mediação do Haddad junto ao planejamento. Houve uma avaliação de outro companheiro, externo à direção (mas que participou da reunião) que afirmou que o ministro, na reunião, foi forte, e o comando, fraco. Em seu depoimento, disse que a FASUBRA, no debate sobre a deflagração da greve, não devia se deter na assinatura ou não do ofício pelo ministro, mas ao conteúdo deste documento, que era de enrolação e não apresentava perspectivas concretas de negociação. O consenso geral obtido nessa reunião de avaliação é de que o “cronograma de negociação” não representa um elemento novo que possa levar a uma discussão sobre a interrupção ou não da greve. A idéia geral é de que o movimento deve continuar se fortalecendo e que a discussão sobre manter ou não a greve só é plausível em um contexto de negociações em que uma contra-proposta objetiva seja apresentada, o que não temos até o momento. O comando recomenda o fortalecimento da greve e aumento da mobilização.
Lucas, Ceroni e Michelle
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