Pois então, tenho falado mais em reuniões do CLG do que nas assembleias, mas hoje achei importante fazer uma fala e foi mais ou menos assim:
"Boa tarde a todas e todos, eu tinha escrito algumas coisas para falar e ser objetivo, mas vou ter que improvisar e quando a gente improvisa, pode falar merda. Eu quero começar agradecendo a cada um de vocês que está aqui e participou de pelo menos uma das atividades que nós fizemos nestes 120 dias de greve. Quem me conhece sabe que eu não mando recados, que eu falo na cara e eu não vou aceitar que um colega que não fez greve e nos xingou na atividade de greve que fizemos na creche venha aqui dizer que nós não devemos assinar o acordo e fazer uma nova greve em 2016. Também não vou aceitar críticas ao acordo, pois ele foi o acordo possível porque os colegas não fizeram a greve. Não me venham fazer discurso fácil de unidade, unidade se constrói na prática, na luta. A nossa luta não termina com o fim da greve, temos, pelo menos, dois pontos em que precisamos continuar atuando, 1) 30 horas para todos e 2) Democratização da gestão, pois eu não quero só participar de uma consulta paritária, eu quero e participar das decisões da universidade que eu construo no dia-a-dia. Também tem a questão do retorno ao nosso trabalho, das perseguições, aqui somos fortes, estamos juntos, não podemos esquecer dos colegas no retorno, ninguém deve enfrentar os problemas sozinho. Proponho o seguinte encaminhamento ao CLN: suspensão da greve, manutenção do estado de greve e retomada imediata da greve, caso algum item do acordo não seja cumprido, por exemplo os prazos acordados. Para encerrar vou repetir algo que sempre digo, nós nunca ganhamos nada de nenhum governo, seja PSDB, PT, PSTU, PSOL ou qualquer partido, tudo foi conquistado. Era isso.
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