Quem
é pai e/ou mãe como eu, sabe que não existe nada mais caro a todos
nós, que os nossos filhos e filhas, com certeza, qualquer um de nós
doaria a própria vida para que os nossos filhos e filhas vivessem
muito e não sofressem.
Nós
tentamos, de todas as formas, mantê-los protegidos, protegidos das
amizades que achamos prejudiciais, protegidos das mágoas do coração,
protegidos da realidade, protegidos, inclusive, deles mesmos.
Nós
todos já passamos noites em claro esperando-os chegarem das festas,
ou pensando como será o futuro deles.
Eu
já passei algumas noites preocupado com a possibilidade de não
estar perto deles quando eles precisassem de mim.
Eu,
lá pelas tantas, fiquei mais descansado, eles haviam crescido, achei
que poderiam tocar a vida sem mim.
Mas
eu nunca, em nenhum momento, sequer imaginei a possibilidade de tocar
a minha vida sem eles.
Sofro
com todos os pais, amigos e parentes que perderam alguém na tragédia
de Santa Maria.
Não
dá para a gente ficar brigado com filho ou filha, a vida é cheia de
surpresas, por isso vamos abraçar, beijar e conviver o máximo com
eles.
A
nossa felicidade pode ser até egoísta, mas como já disse o poeta:
“é preciso amar as pessoas, como se não houvesse amanhã, porque
se você parar para pensar, na verdade não há”.
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