quarta-feira, 6 de novembro de 2013

FLEXIBILIZAÇÃO DA JORNADA DE TRABALHO, O PRÓXIMO PASSO:

Terminada a tarefa de elaborar uma proposta de flexibilização da jornada de trabalho dos servidores técnico-administrativos em educação da UFRGS, com a entrega ao Reitor das duas propostas de documentos, uma decisão do CONSUN e uma portaria do Reitor, para regulamentar a flexibilização, resta o questionamento, e agora, qual o nosso próximo passo?

  • Quem sabe seja pressionar para que as propostas sejam logo aprovadas;
  • quem sabe seja lutar pela implementação imediata da flexibilização;
  • quem sabe, deixemos as coisas assim como estão.

Ninguém me perguntou, mas eu afirmo, "deixemos as coisas assim como estão", por que? Porque:

  • só estamos discutindo este assunto porque o ponto biométrico paira sobre as nossas cabeças, se o ponto não rolar é melhor não "bulir" com a flexibilização; 
  • flexibilização da jornada de trabalho NÃO É IGUAL a campanha histórica da Fasubra de 30 horas semanais, a flexibilização é para alguns, as 30 horas seriam para TODOS, a flexibilização é jurídica, burocrática, as 30 horas são políticas. 
Corremos o risco real de ao acelerarmos a implantação da flexibilização, acelerarmos a cobrança pelos órgãos de fiscalização e, por consequência, a implantação do ponto biométrico.

Vamos continuar na luta pelas 30 horas para todos e deixar um pouco de lado a flexibilização da jornada.
 

sexta-feira, 14 de junho de 2013

VENHO ME JUNTAR A VOCÊS

Venho me juntar a vocês que perderam seus filhos, filhas, pais, mães, irmãos, irmãs, netos, netas, sobrinhos, sobrinhas, amigos e amigas na luta contra a ditadura neste “nosso” Brasil;

Venho me juntar a vocês que foram vítimas da violência de um estado de exceção;

Venho me juntar a vocês que mesmo vivendo este período, não tiveram a coragem necessária ou a capacidade de interpretar o momento que se vivia e, simplesmente, continuaram tocando a vida;

Venho me juntar a vocês que acham natural a violência policial contra manifestantes dos movimentos sociais e se acostumaram a ver políticos condenados continuando a exercerem seus mandatos, se acostumaram a ver bandidos confessos e condenados cumprindo penas irrisórias;

Venho me juntar a vocês que na comodidade de suas vidas, se acostumaram a buscar alternativas para a educação desvalorizada, a saúde com suas longas filas, os transportes com suas passagens caras e sempre lotados, os políticos corporativos;

Venho me juntar a vocês que não participam das associações de bairros, dos sindicatos, dos movimentos sociais, que lutam para melhorar as condições de vida e trabalhos de todos;

Venho me juntar a vocês que mesmo não lutando, usufruem das vitórias destes movimentos;

Venho me juntar a vocês que hoje ficam preocupados em casa, esperando seus filhos, filhas, pais, mães, irmãos, irmãs, netos, netas, sobrinhos, sobrinhas, amigos e amigas, que continuam nas lutas, e acompanham pela grande mídia notícias mentirosas e tendenciosas sobre estas lutas;

Venho me juntar a todos vocês e agradecer aos jovens deste país, pela coragem de continuar na luta e nos servirem de exemplo, no dia a dia, de que só a união dos que acreditam que é possível mudar, faz com que as mudanças ocorram.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

O trabalho enobrece o homem, será?


Este papo de que o trabalho enobrece o homem, serve bem para justificar todos os fazeres em que o trabalhador exerce atividades mal remuneradas, em que sofre assédio moral e sexual, em que trabalha em péssimas condições físicas , sem direito a feriados e fins de semana com a família, enfim em todo o fazer em que o trabalhador é explorado.
O que enobrece o homem é saúde, lazer, educação, moradia de qualidade.
O que enobrece o homem é viver em uma sociedade de chances iguais, em que todos tenham as mesmas condições de escolher o que querem estudar e no que querem trabalhar.
O que enobrece o homem é poder viver sua vida da forma que ele escolher e não da única forma a que está condenado ao nascer.
É claro que existem exceções, mas é isto mesmo, exceções.
Enfim, viva o dia de todos os trabalhadores e que mais do que um momento de descanso seja um momento de reflexão, de questionamento e de engajamento na luta por uma sociedade mais igualitária.

Breve resumo da atividade de 30/04/2013 sobre Flexibilização da Jornada de Trabalho


1) Exposição de levantamento sobre a situação da flexibilização em algumas IFES.
2) Aula do Rogério Coelho sobre o estado democrático de direito;
3) Rogério Coelho insistiu na possibilidade de negociar a flexibilização na Negociação Coletiva após a ratificação pelo Brasil da Convenção 151 da OIT (Organização Internacional do Trabalho, da ONU), que estabelece o princípio da negociação coletiva entre trabalhadores públicos e os governos das três esferas - municipal, estadual e federal; (Esta convenção para se tornar efetiva ainda necessita de regulamentação, observação de minha autoria).
4) Exposição da situação na UFPR pela presidente do sindicato:
a. Discutida a proposta através de uma comissão não paritária, que contava com apenas 2 dos seus membros eleitos pelos técnico-administrativos em educação;
b. Proposta de Flexibilização para todos, aprovada pelo Conselho Superior da UFPR;
c. Comissão encarregada de conferir a implantação da flexibilização;
d. Existem locais em que apesar da decisão do Conselho Superior, a flexibilização não foi implementada, por pressão das chefias, ou por serem na sua maioria, servidores novos, nestes casos o Sindicato faz reuniões, organiza a escala de trabalho e apóia a imediata adoção da flexibilização;
e. A decisão do conselho superior prevê que a UFPR funciona das 6h30min às 23h30min e que às 12 horas de atendimento ao público devem estar contidas neste intervalo;
f. O ocupante de FG não tem direita a flexibilização da Jornada de Trabalho;
g. A discussão deve se dar no âmbito político e ser evitada ao máximo que ela se torne judicial.
5) Informação de que no IFRS-Campus POA a flexibilização da jornada de trabalho já está implementada, uma vez que desde que ingressaram, os colegas já faziam 30 horas, pois a Escola Técnica que pertencia a UFRGS adotava às 30 horas, e a flexibilização foi aprovada pelo conselho do Campus POA e ratificada pela Reitora.

Para mim pessoalmente, do ponto de vista legal, para justificar a flexibilização, a situação é bastante simples: se tivermos atendimento ao público por 12 horas ininterruptas ou após as 21 horas, é possível flexibilizar a jornada de trabalho. Agora temos que dar inicio ao debate e construção de uma proposta de flexibilização para todos os servidores técnico-administrativos em educação da UFRGS. Mobilize-se, discuta, questione os membros da Comissão Oficial, que será composta por 2 Diretores, 2 Assessores, 2 representantes da PROGESP, 3 representantes da ASSUFRGS e 2 representantes da CIS (eu e o Daniel Escouto).

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Sentimento de dor não é notícia



Quem é pai e/ou mãe como eu, sabe que não existe nada mais caro a todos nós, que os nossos filhos e filhas, com certeza, qualquer um de nós doaria a própria vida para que os nossos filhos e filhas vivessem muito e não sofressem.
Nós tentamos, de todas as formas, mantê-los protegidos, protegidos das amizades que achamos prejudiciais, protegidos das mágoas do coração, protegidos da realidade, protegidos, inclusive, deles mesmos.
Nós todos já passamos noites em claro esperando-os chegarem das festas, ou pensando como será o futuro deles.
Eu já passei algumas noites preocupado com a possibilidade de não estar perto deles quando eles precisassem de mim.
Eu, lá pelas tantas, fiquei mais descansado, eles haviam crescido, achei que poderiam tocar a vida sem mim.
Mas eu nunca, em nenhum momento, sequer imaginei a possibilidade de tocar a minha vida sem eles.
Sofro com todos os pais, amigos e parentes que perderam alguém na tragédia de Santa Maria.
Não dá para a gente ficar brigado com filho ou filha, a vida é cheia de surpresas, por isso vamos abraçar, beijar e conviver o máximo com eles.
A nossa felicidade pode ser até egoísta, mas como já disse o poeta: “é preciso amar as pessoas, como se não houvesse amanhã, porque se você parar para pensar, na verdade não há”.