quarta-feira, 1 de maio de 2013

O trabalho enobrece o homem, será?


Este papo de que o trabalho enobrece o homem, serve bem para justificar todos os fazeres em que o trabalhador exerce atividades mal remuneradas, em que sofre assédio moral e sexual, em que trabalha em péssimas condições físicas , sem direito a feriados e fins de semana com a família, enfim em todo o fazer em que o trabalhador é explorado.
O que enobrece o homem é saúde, lazer, educação, moradia de qualidade.
O que enobrece o homem é viver em uma sociedade de chances iguais, em que todos tenham as mesmas condições de escolher o que querem estudar e no que querem trabalhar.
O que enobrece o homem é poder viver sua vida da forma que ele escolher e não da única forma a que está condenado ao nascer.
É claro que existem exceções, mas é isto mesmo, exceções.
Enfim, viva o dia de todos os trabalhadores e que mais do que um momento de descanso seja um momento de reflexão, de questionamento e de engajamento na luta por uma sociedade mais igualitária.

Breve resumo da atividade de 30/04/2013 sobre Flexibilização da Jornada de Trabalho


1) Exposição de levantamento sobre a situação da flexibilização em algumas IFES.
2) Aula do Rogério Coelho sobre o estado democrático de direito;
3) Rogério Coelho insistiu na possibilidade de negociar a flexibilização na Negociação Coletiva após a ratificação pelo Brasil da Convenção 151 da OIT (Organização Internacional do Trabalho, da ONU), que estabelece o princípio da negociação coletiva entre trabalhadores públicos e os governos das três esferas - municipal, estadual e federal; (Esta convenção para se tornar efetiva ainda necessita de regulamentação, observação de minha autoria).
4) Exposição da situação na UFPR pela presidente do sindicato:
a. Discutida a proposta através de uma comissão não paritária, que contava com apenas 2 dos seus membros eleitos pelos técnico-administrativos em educação;
b. Proposta de Flexibilização para todos, aprovada pelo Conselho Superior da UFPR;
c. Comissão encarregada de conferir a implantação da flexibilização;
d. Existem locais em que apesar da decisão do Conselho Superior, a flexibilização não foi implementada, por pressão das chefias, ou por serem na sua maioria, servidores novos, nestes casos o Sindicato faz reuniões, organiza a escala de trabalho e apóia a imediata adoção da flexibilização;
e. A decisão do conselho superior prevê que a UFPR funciona das 6h30min às 23h30min e que às 12 horas de atendimento ao público devem estar contidas neste intervalo;
f. O ocupante de FG não tem direita a flexibilização da Jornada de Trabalho;
g. A discussão deve se dar no âmbito político e ser evitada ao máximo que ela se torne judicial.
5) Informação de que no IFRS-Campus POA a flexibilização da jornada de trabalho já está implementada, uma vez que desde que ingressaram, os colegas já faziam 30 horas, pois a Escola Técnica que pertencia a UFRGS adotava às 30 horas, e a flexibilização foi aprovada pelo conselho do Campus POA e ratificada pela Reitora.

Para mim pessoalmente, do ponto de vista legal, para justificar a flexibilização, a situação é bastante simples: se tivermos atendimento ao público por 12 horas ininterruptas ou após as 21 horas, é possível flexibilizar a jornada de trabalho. Agora temos que dar inicio ao debate e construção de uma proposta de flexibilização para todos os servidores técnico-administrativos em educação da UFRGS. Mobilize-se, discuta, questione os membros da Comissão Oficial, que será composta por 2 Diretores, 2 Assessores, 2 representantes da PROGESP, 3 representantes da ASSUFRGS e 2 representantes da CIS (eu e o Daniel Escouto).